Vídeo: Câmara debate situação do transporte coletivo de Manhuaçu sem o Executivo

A situação caótica do transporte coletivo de Manhuaçu, levou à Câmara de Vereadores aprovar o requerimento da vereadora, Eleonora Maira, para a realização de audiência pública, com a finalidade de discutir sobre o transporte coletivo. A audiência aconteceu na noite desta quinta-feira,12, com a presença dos representantes das empresas (União e Vale do Piranga), que prestam o serviço no município, representantes de entidades, CMDRs, autoridades, além do presidente do Conselho Municipal de Trânsito, Ten. Cel. Luciano Reis e o diretor do Departamento Municipal de Trânsito, Eustáquio Leite. Outras instituições foram convidadas, mas não compareceram.

No uso da Tribuna Livre, a presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável (CMDRs), Águeda Diniz, disse a triste situação vivida pelos moradores dos distritos de Dom Correa, Sacramento e outras localidades. A mesma dificuldade enfrenta os que moram em Santo Amaro de Minas, Manhuaçuzinho, Vila Cachoeirinha e comunidades que precisam do transporte coletivo. O representante dos moradores da Vila Cachoeirinha, Vila Formosa, Vila Boa Esperança, Ponte da Aldeia, Bom Jardim e Centro, Sinésio José de Souza relatou as dificuldades que muitas pessoas encontram para o transporte, além da falta de informação de horário, a demora e itinerário, que não atende o usuário.

O presidente do Conselho Municipal de Trânsito, Ten. Cel. Luciano Reis, apresentou dados de uma pesquisa “comunidade urbana”, realizada em 2016, sobre a situação do transporte coletivo, locais de abrigo para passageiros, bem como a preferência das pessoas.  Segundo o levantamento, quase 70% das pessoas disseram que utilizariam o transporte coletivo se fosse de qualidade. “Precisamos intensificar o debate, para buscarmos alternativa e encontrarmos a solução”, disse.

Subsidio do transporte no município pode ser a saída

Os representantes das empresas cessionárias (União e Vale do Piranga), Sérgio Luiz Santana e Tiago Marinho disseram que, a cada dia está ficando mais difícil, administrar à margem do prejuízo. Para Sérgio Luiz, a defasagem da tarifa, o preço do combustível e outras despesas não estão sendo favoráveis para atender a demanda. Com a redução de passageiros, a situação vai se complicando. “Não estamos conseguindo operar. Estamos sugerindo uma nova licitação ao município, pois estamos numa situação emergencial. Com base no que vem ocorrendo, torna-se inviável realizar o transporte público. A prefeitura precisa entrar num acordo, viabilizar o equilíbrio financeiro, contrato e o impacto do subsídio do transporte público”, disse Sérgio Luiz Santana.

Ele questionou sobre a demora na resposta do Executivo, acerca do que pode ser feito. Ele conta que muitos ofícios foram enviados, mas nenhuma resposta, que seja favorável ou não. Assim continua esperando essa resposta e, na torcida que seja com o subsídio que a empresa pleiteia. Atualmente, a passagem no perímetro urbano custa R$3,00, mas um litro de óleo no ônibus  “roda” somente dois quilômetros e meio. Segundo os representantes das empresas, para operar o transporte público está sendo uma tarefa bem difícil.

 

 

Vereadores demonstram preocupação com o caos

De acordo com a presidente da Comissão de Transporte Público da Câmara, vereadora Eleonora Maira, hoje mesmo (sexta-feira,13) estará elaborando o documento com todas as reivindicações apresentadas e, assim pedir ao Executivo que se sente à mesa com os representantes das empresas, para discutirem a situação e, a possibilidade do subsidio do município de Manhuaçu, quanto ao transporte público. Segundo ela, o contrato entre município e a cessionária foi firmado em 2009 e, renovado somente em 2019.

A ausência de representantes do Poder Executivo, na discussão tão relevante foi observada pelas pessoas, que participaram da audiência pública sobre o transporte coletivo da cidade. A resposta mais aguardada diante das reivindicações de usuários e cessionários, certamente será dada em um outro capítulo da discussão, sobre a ameaça ao transporte coletivo de Manhuaçu, que pode entrar em colapso.

 

Eduardo Satil