Defesa Civil de Ipatinga zera atendimento

Foram quase 3.000 chamados emergenciais para imóveis afetados pelas chuvas

 

Técnicos realizam nova análise estrutural de edificações interditadas para verificar se condições permitem retorno de alguns moradores sem risco à vida. Vistorias pós-tromba d’água resultaram em mais de 800 interdições.

Apesar da estiagem temporária e um período de estabilidade climática sinalizado pela meteorologia, a Prefeitura de Ipatinga continua mobilizada em várias frentes para enfrentar os danos causados em imóveis públicos e privados pelas fortes chuvas registradas no último dia 12. A multiplicidade de demandas ainda exige um esforço contínuo da administração para minimizar os impactos e restabelecer uma conjuntura de normalidade no município. Conforme balanço da Secretaria de Segurança e Convivência Cidadã (Sescon), até o momento já foram realizadas quase 3.000 inspeções em áreas de risco, sendo que as vistorias técnicas resultaram em mais de 800 interdições.

Agora, conforme os gestores da repartição, o trabalho entra numa nova fase. Nesta semana, teve início o processo de revistorias dos imóveis interditados pela Defesa Civil, etapa fundamental para garantir que as desocupações sejam revertidas com segurança.

O coronel Warley Geraldo Silva, secretário da Sescon, explica que o trabalho consiste em uma nova análise estrutural das edificações, verificando se as condições permitem o retorno dos moradores sem risco à vida. Neste sentido, mais de 40 revistorias já foram realizadas, resultando em 21 desinterdições, praticamente a metade dos locais.

“A atuação da Defesa Civil tem sido essencial para garantir que as desinterdições ocorram com responsabilidade, sempre priorizando a segurança das famílias. Sabemos que os desafios são grandes, mas seguimos empenhados em buscar soluções efetivas e permanentes para esses problemas”, ressaltou ainda o coronel.

A Defesa Civil de Ipatinga recebeu da população um total de 2.979 chamados emergenciais após a tromba d’água de 12 de janeiro, sendo nove deles apenas nos últimos dois dias. Os atendimentos foram zerados nesta sexta (7), após 27 dias. O maior número de pedidos de socorro se concentrou na primeira semana após a tragédia, o que exigiu também o apoio das Defesas Civis do Estado e da União.

Recursos para soluções estruturais

Apesar do avanço nas revistorias e desinterdições, o prefeito Gustavo Nunes enfatiza que a solução definitiva para os problemas históricos da cidade depende de investimentos expressivos em infraestrutura.

“Os problemas relacionados a alagamentos e encostas instáveis em várias regiões da cidade são agravados por um sistema de drenagem defasado e pela ocupação desordenada do solo. Desde 2021, temos adotado uma série de medidas para enfrentar essas questões, incluindo intervenções para melhoria da infraestrutura urbana e a regularização fundiária. Contudo, ainda há muito a fazer”, acentua  chefe do Executivo.

“Como já dissemos em outras ocasiões – continua Gustavo –, estimamos em mais de R$ 500 milhões o custo dessa grandiosa empreitada. Seguimos confiantes de que, com o apoio do Estado e da União, conseguiremos viabilizar melhorias que tragam mais segurança e qualidade de vida para a população de Ipatinga”.

 

Fonte: SECOM Prefeitura de Ipatinga