Homenagem a Chico Bread: O Legado de um Mestre da Música

A música brasileira perdeu um de seus grandes expoentes culturais com o falecimento de Chico Bread Rocha, artista multifacetado que dedicou sua vida à divulgação da música popular e autoral. Nascido em 25 de maio de 1948, em Piracicaba, Minas Gerais, e residente em Manhuaçu, Chico Bread foi um incansável defensor das artes, contribuindo significativamente para o cenário musical mineiro e nacional.

A sua trajetória artística foi marcada por inovação e paixão. Criador do projeto musical Faca Amolada – No Olho da Rua, Chico levou sua arte às ruas, palcos e festivais, compartilhando com o público o que há de mais genuíno na música brasileira. Belo Horizonte e diversos estados do país testemunharam sua entrega artística, sua missão de disseminar a cultura e seu compromisso com a qualidade musical. Seu trabalho transcendeu fronteiras e quase cruzou oceanos, já que o grupo tinha uma turnê planejada pela Europa, interrompida pela chegada da pandemia da Covid-19, que afetou profundamente a classe artística.

O Faca Amolada era mais que um grupo musical: era um símbolo do amor à música e da poesia que transcende tempos e estilos. Chico Bread, pai e mentor do projeto, bebia das influências da bossa nova, do samba, da música regional e dos festivais brasileiros, mas também do jazz, do blues, do cancioneiro francês e latino-americano. O grupo incorporava todas essas vertentes em uma sonoridade única, envolvente e pulsante.

Faca Amolada entregava espetáculos memoráveis, envoltos em emoção e identidade artística

A banda se destacava não apenas pelo repertório autoral marcante, mas pela maneira como suas apresentações iam além da música – eram verdadeiros espetáculos sensoriais, com figurinos elaborados e arranjos surpreendentes. Faca Amolada transitava entre o jazz, o pop, o rock e a música regional com uma organicidade impecável, conquistando públicos diversos e consolidando-se como uma experiência artística única.

Chico Bread, além de músico, era poeta, escritor, filósofo da vida, artesão e pintor. Sua arte era circulante, presente nas ruas, nos becos, nos grandes palcos e nos corações dos que tiveram o privilégio de ouvi-lo. No auge de sua criatividade e talento, ele ainda traçava novos projetos quando foi diagnosticado com leucemia. O tratamento em Muriaé foi breve, e sua partida, ocorrida no dia 25 de abril de 2025, deixa uma lacuna irreparável na música brasileira.

Seu legado, no entanto, permanecerá vivo. Manhuaçu e Minas Gerais perderam um grande motivador cultural, mas sua obra ecoará eternamente. Chico Bread foi um artista que viveu para a música e pela música – e sua história seguirá inspirando gerações.

Que sua melodia nunca se perca no tempo, e que seu nome continue sendo lembrado com respeito e carinho. Obrigado, Chico Bread, por toda a poesia que nos deixou. 🎶🎤

Confira mais informações sobre Chico Bread em uma matéria especial em vídeo, recordando sua entrevista e trajetória, com Teo Nazaré, para a TNTV e o Portal Cidade Total:

 

 

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Por Teo Nazaré.