Setor cultural de Timóteo perde Medianeira para Covid

A representante do movimento cultural de Timóteo, Medianeira Almeida, faleceu no início da madrugada desta quarta-feira (24/03) de Covid-19. Ela ficou internada por cerca de 15 dias no Hospital e Maternidade Vital Brazil, mas não resistiu à doença.

O corpo foi enterrado no Cemitério Jardim da Saudade com a realização de um cortejo. A despedida final ocorreu nas proximidades do cemitério ao som de louvor evangélico, tambores de congado e de enredos das escolas de samba Império da Sede e Unidos do Quitandinha.

Com 68 anos, Medianeira exercia a função de presidente do Grêmio Recreativo Escola de Samba Império da Sede e de vice-presidente da Guarda de Moçambique de Timóteo, além de trabalhar na Secretaria de Educação, Cultura, Esporte e Lazer de Timóteo e participar ativamente da vida social e política da cidade. Medianeira deixou quatro filhos.

“É uma perda irreparável. Nossa cultura fica órfã da alegria, da força e da sensibilidade dessa mulher guerreira, que promovia a cultura local”, comenta Luís Fabiano dos Santos, presidente da Associação Cultural Reino do Rosário/Guarda de Moçambique, que abriga a escola Império da Sede, que decidiu homenagear a carnavalesca com o desenvolvimento do enredo “No céu, tem grande, tem pequena, tem também uma Média nas mãos de Deus” quando retornarem os eventos carnavalescos.

 

 

 

 

Filha de dona Xista e de Joaquim Cirilo, o Sr. Quincão, um dos fundadores da primeira escola de samba do município “Alegria, Alegria”, que deu origem a Escola de Samba Unidos do Quitandinha, Medianeira chegou a presidir a agremiação, carinhosamente denominada de “escola samba no pé”. Sempre foi atuante nos movimentos culturais do município, defendendo de forma perseverante as tradições populares.

Lideranças políticas e representantes de entidades culturais lamentaram o falecimento da carnavalesca, ressaltando que Medianeira deixa uma marca no legado cultural de Timóteo.