Academia Manhuaçuense de Letras inicia suas atividades com lançamento de livro

Com o propósito de um ano promissor, a Academia Manhuaçuense de Letras realizou na noite desta sexta-feira, 26, a sessão solene de abertura do ano acadêmico. O evento aconteceu no Salão Nobre da Casa de Cultura “Ilza Campos Sad”, e contou com a presença de convidados, acadêmicos, admiradores da cultura, além do jornalista e acadêmico, Fernando Albuquerque Miranda, que lançou o livro intitulado “Experiências de Guerra”.  O momento também foi marcado pela condução da foto da professora e acadêmica, Ajinain Slaibi Gantus à galeria dos “Imortais”e, a inauguração da Sala Wagner Orlandi dos Santos, que foi responsável pela criação da Casa de Cultura, acadêmico e militante no jornalismo regional.

O acadêmico, S. Jota de Moraes fez uma homenagem ao professor Manoel do Carmo, tio do escritor Fernando Albuquerque Miranda, que na noite reabertura das atividades fez o lançamento de sua obra.  “Quando o professor Manoel do Carmo passava pelas ruas, desfilando com total elegância, as pessoas diziam que ali estava indo um homem íntegro e mais honesto da cidade”, frisou S. Jota.

Lançamento do livro “Experiências de Guerra”

O livro Experiências de Guerra, lançado pelo jornalista e professor de comunicação, Fernando Albuquerque Miranda traça momentos de conflitos de Canudos da Segunda Guerra Mundial, Guerra do Vietnã e Guerra do Iraque. O escritor desenvolveu várias pesquisas sobre literatura, além de coberturas jornalistas de guerra. Como pesquisador também possui livro lançado, capítulo em livro sobre a história da imprensa brasileira e artigos em revistas cientificas, nas áreas de jornalismo e literatura. Segundo Fernando Albuquerque, o livro Experiências de Guerra foi um trabalho realizado com análise das coberturas dos jornalistas, Euclides da Cunha, Joel Silveira, José Hamilton Ribeiro e Sérgio Dávila, como correspondentes dos conflitos na Segunda Guerra Mundial. “ Fiz o trabalho e perspectivas, impacto que as guerras trouxeram no mundo e, as narrativas e Experiências de Guerra, o relato do jornalismo e os meios de reprodução técnica”, destaca Fernando Albuquerque.

Nome de sala  homenageia Wagner Orlandi dos Santos 

Outro momento marcante para a Academia Manhuaçuense de Letras foi a inauguração da Sala Wagner Orlandi dos Santos, que chegou em Manhuaçu em 1964, para ajudar na implantação do 11º BPM. À época, Sgt.Wagner Orlandi também participou da Guerrilha do Caparaó.  Na década de 70, passou a integrar a sociedade e, logo em seguida iniciou sua trajetória no jornalismo regional, na construção de uma linda história ao lado do saudoso Padre Júlio Pessoa Franco. Foram 30 anos dedicados ao Tribuna do Leste. Também teve o Manhuaçu Jornal, para levar informação à coletividade, por entender que a informação é uma ferramenta para a transformação social.

Em 1979, o comandante do 11º BPM, Ten. Cel. Fábio do Patrocínio o responsabilizou para trabalhar na criação de uma Casa de Cultura em Manhuaçu. Aceitou o desafio e, em 1981 concluiu o projeto, com a criação da Casa de Cultura, Fundação Manhuaçuense de Cultura, que teve como primeira presidente a professora, Ilza Campos Sad. Em 1992, foi criada a Academia Manhuaçuense de Letras e, Wagner Orlandi passou a dedicar inteiramente aos trabalhos da instituição. Orlandi morreu no dia 9 de novembro de 2020, mas deixou sua história escrita para sempre.  Para a filha do homenageado, Vânia Sanches dos Santos (Vaninha), seu pai sempre amou Manhuaçu e tinha um zelo pelo jornalismo. Ao longo dos anos trabalhou em vários órgãos, assessoria de Prefeitura e Câmara. Lembrou que a notícia era produzida na máquina de datilografia e, quem o conheceu deve lembrar dele caminhando pelas ruas com jornais na mão. “Essa homenagem é o reconhecimento de vocês, o respeito e o carinho pelo nosso pai, que partiu aos 89 anos. Registros fotográficos, as máquinas que ele trabalhava fazem parte do nosso arquivo pessoal”, disse Vaninha. Ao falar do pai e da homenagem, Valea Sanches dos Santos disse da alegria dele ao falar de Manhuaçu. “Nosso pai tinha um carinho enorme por essa região.  Quando vínhamos aqui era divertido e, ele sempre com boas histórias para nos contar. A nossa alegria é grande, em saber do carinho de vocês por ele”, ressalta Valea Sanches.

O presidente da Academia Manhuaçuense de Letras, Luiz Gonzaga Amorim disse que o evento marca o início das atividades, para que 2024 seja um ano de muitas atividades. “Gratidão é a palavra que cito, para dizer o quanto é importante para todos os acadêmicos e, ao mesmo tempo o privilégio de iniciarmos o ano com tanta coisa boa acontecendo”, disse Luiz Amorim.

Eduardo Satil