Bolsonaro assina decreto em Minas que prevê R$ 5,8 bi para bacias hidrográficas

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) assinou, nesta segunda-feira (18/10), em São Roque de Minas, no Centro Oeste de de Minas, um decreto para investimento previsto no processo de capitalização da Eletrobras de R$ 5,8 bilhões para ações de revitalização de bacias hidrográficas.

Ao todo, serão R$ 3,5 bilhões para as bacias do Rio São Francisco e do Rio Parnaíba e outros R$ 2,3 bilhões para as bacias dos reservatórios das usinas hidroelétricas de Furnas. Os recursos serão repassados ao longo de 10 anos.

O presidente discursou após assinar o decreto e falou das obras da transposição do Rio São Francisco.

“O projeto começou há muito tempo, uns fizeram uma parte, outros um pouquinho mais. A transposição estava prevista para terminar em 2012. Chegou nosso governo, como colega gritou, basta não gritar que tem, é verdade”, afirmou e aproveitou para criticar o ex-presidente Lula, seu principal adversário na eleição de 2022.

“Quando aquele partido daquele cara diz que nós estamos apenas concluindo obras, em parte é verdade. Estamos concluindo sim obras que demoraram 10 anos e não foram. Esse cara concluiu obras fora do Brasil. Excelente metrô em Caracas, vamos começar o nosso aqui em BH, dinheiro nosso para o nosso país”, afirmou Bolsonaro.

Barragem de Jequitaí

O presidente Jair Bolsonaro também anunciou, nesta segunda-feira (18), investimento de R$ 482 milhões para obras de construção da Barragem do Jequitai, na região Norte do Estado. Segundo o governo federal, o investimento vai beneficiar cerca de 147 mil pessoas de 19 cidades. As obras, além de fazerem parte do projeto de revitalização do Rio de São Francisco, vão regularizar as vazões do Rio Jequitaí, levar irrigação a 35 mil hectares e controlar as cheias.

Bolsonaro volta a criticar passaporte de vacina

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a dizer que não vai exigir passaporte da vacina para a população. Em evento, nesta segunda-feira (18), em São Roque de Minas, o presidente defendeu a escolha da população em tomar os imunizantes.

“Eu tenho poder por decreto a exigir passaporte da vacina, mas não farei isso. Porque a nossa liberdade está acima de tudo. Não adianta querer chamar governo de negacionista, gastamos mais de R$ 20 bi com vacinas, vacinas muitas ainda experimentais. E a liberdade de tomar é de vocês, não se pode perseguir quem quer que seja por não ter tomado. Temos alguns estados que estão com essa assanha, exigir a carteira de vacinação pra frequentar um ou outro local”, afirmou.

Bolsonaro ainda citou personalidades que tomaram as duas doses e se contaminaram com Covid-19.

“O ministro da Saúde vacinou com as duas doses e contraiu a doença, a ministra da Agricultura, Teresa Cristina, também contraiu”, ressaltou Bolsonaro.

O presidente também aproveitou para defender o uso de medicação sem comprovação de eficácia contra Covid-19.

“O médico tem autonomia de definir junto com o paciente, quando não se tem alguma solução, a utilização de remédios que não estão na bula, o chamado tratamento off label”, pontuou