Olhos secos nos PETS podem causar cegueira
Professora do UniBH explica sobre sintomas do problema nos animais
Assim como acontece com os seres humanos, cachorros e gatos também possuem uma estrutura ocular sensível e estão suscetíveis ao desenvolvimento de doenças e problemas oftalmológicos. Neste sábado (30/10), aluboa do curso de Medicina Veterinária do UniBH promoveram a 1ª Campanha de combate ao olho seco nos Pets.
Durante o evento, no Hospital Veterinário do UniBH, localizado na rua Líbero Leone, 259, professores e alunos da instituição ofereceram atendimento e exames de olhos secos em cães e gatos. A avaliação foi gratuita e foram disponibilizadas 30 vagas.
A professora do UniBH e médica veterinária, Aline Ferreira, explica que a síndrome do olho seco, também conhecida como ceratoconjuntivite Seca (CCS), tem sido bastante relacionada a deficiência de produção da parte aquosa da lágrima. No entanto, qualquer problema com as estruturas envolvidas na produção e distribuição do filme lacrimal pode desencadear a doença. “Quando o animal deixa de produzir as lágrimas, a superfície da córnea fica ressecada e de forma progressiva pode ocorrer inflamações e infecções das estruturas oculares. A doença é a principal causa de conjuntivite nos Pets, sendo considerada grave quando não diagnosticada e tratada corretamente”, salienta.
De acordo com Aline Ferreira, os sinais mais frequentes são excesso de remelas (secreções), inflamações nos olhos (vermelhidão), desconforto ocular (olhos mais fechados), olhos sem brilho (opacos) e pigmentações na córnea.
Atualmente os cães e gatos de qualquer tamanho, raça ou sexo podem apresentar olho seco. Algumas raças que são consideradas mais predispostas entre Buldogue Inglês, Schnauzer, Lhasa Apso, Shih tzu, Pug e Pequinês.
Detecção e tratamento
Aline Ferreira reforça que a doença aparece mais frequente em adultos ou idosos, a partir de 6 anos, mas pode ocorrer em qualquer idade. O tratamento varia com a o curso da doença, pois pode ser necessário além do uso de imunomoduladores, a associação com outras medicações (antibióticos), e até mesmo a cirurgia para redução da pigmentação corneana.
Sobre a fonte
Aline Ferreira é Médica Veterinária, bacharel em Ciências Biológicas, com especialização em Oftalmologia Veterinária. Possui mestrado em diagnóstico da leishmaniose visceral canina e doutorado em tipagem, genotipagem e utilização de antimicrobianos em bactérias.
Fonte : ASCOM UNIBH