Reportagem em vídeo: AML lembra centenário da Morte do Coronel Serafim Tibúrcio
O centenário da morte de um dos grandes nomes da história de Manhuaçu, o Coronel Serafim Tibúrcio da Costa, foi lembrado nesta terça-feira (19/11) com uma cerimônia no entorno e na praça ao lado da Casa de Cultura Ilza Campos Sad, na Baixada em Manhuaçu, organizada pela Academia Manhuaçuense de Letras.
O município de Manhuaçu, com seus 142 anos de emancipação e progresso, tem uma história rica que precisa sempre ser lembrada. Figura contraditória no meio político, o Coronel Serafim Tibúrcio foi coletor de impostos, Delegado de Polícia, presidente da Câmara e Prefeito de Manhuaçu. Também foi o responsável por um dos grandes episódios da história local, quando foi proclamada a República de São Lourenço do Manhuassu.
Durante a cerimônia lembrando o centenário da morte do Coronel Serafim, o Presidente da Academia Manhuaçuense de Letras – AML, SJ de Moraes, narrou para a reportagem do Portal Cidade Total, alguns dos episódios desde a chegada do homenageado nas terras de Manhuaçu onde pôde deixar a sua história registrada.
O Coronel Serafim Tibúrcio chegou à região ainda jovem, como tropeiro. Natural dos arredores de Ponte Nova, começou a ganhar dinheiro como coletor de impostos. Conquistando a confiança dos coronéis que dominavam a cidade, logo virou delegado de polícia. Visionário, comprou a primeira máquina de limpar café da região e prestava serviço a todos os cafeicultores. Foi um dos homens que ajudaram a consolidar a construção dos prédios para que a sede do município fosse transferida de São Simão (atual Simonésia) para a Vila de São Lourenço do Manhuaçu, em 1877.
O secretário da AML, Dr. Sérgio Alvim, lembrou fatos da história da década de 80 sobre o homenageado, através de relatos de entusiastas escritores. “Segundo Flávio Matheus, grande escritor, em 1895 nas eleições para prefeito, Serafim Tibúrcio venceu nas urnas, com 636 votos à frente do segundo colocado, Frederico Dolabella, que foi conduzido ao poder por indicação dos coronéis rivais. Frederico Dolabella governou Manhuaçu até 1905, acompanhado do irmão, o vigário Odorico, que soube articular um quadro em que ganhava apoio, enquanto Serafim Tibúrcio perdia sustentação.
Depois do revés, Tibúrcio se refugiou em fazendas nas proximidades de Caratinga. Foi nessa espécie de exílio político que ele elaborou a estratégia de retomada do poder. Contou com a ajuda dos índios e dos jagunços, que também haviam sido expulsos da cidade pelos coronéis, por intermédio do padre Odorico. “Contam os registros que a tropa liderada por Tibúrcio chegou ao município no início de maio de 1896. Foram dias e noites de confronto nas ruas e praças, até a proclamação da República Manhuassu, num ato histórico em Minas Gerais que pouca gente conhece”, completou Sérgio Alvim.
Conheça um pouco mais dessa história e da homenagem prestada pela Academia de Letras de Manhuaçu, na reportagem em vídeo de Teógenes Nazaré: