Reportagem em vídeo: Chuva intensa inunda ruas, casas, comércio e isola regiões

Texto: Júlio Oliveira

Vídeo: Téo Nazaré

As chuvas que caem de forma ininterrupta nos últimos dias, e que se intensificaram a partir da última noite, provocaram alagamentos, interdições de vias nas cidades e nas estradas, desmoronamentos de barrancos e quedas de árvores, entre vários outros problemas em praticamente todas as regiões de Minas Gerais neste sábado (25/01).

As mais castigadas são a região central de Minas, principalmente a Região Metropolitana de Belo Horizonte, e a Zona da Mata e parte do Leste do Estado. Manhuaçu, Abre Campo, Matipó, Sericita, Santa Margarida, Divino, Espera Feliz, Carangola, Manhumirim e Alto Jequitibá entre os mais afetados pela cheia dos rios que cortam as cidades. O aumento do nível dos rios fez com que a agua inundasse ruas, casas, estabelecimentos comerciais e até igrejas, como foi o caso da matriz de Matipó.

Na zona rural dos municípios também vários problemas também estão sendo registrados, incluindo deslizamentos de terras, quedas de árvores e interdição de vias. A MG111, entre Reduto e Manhumirim foi interditada pelo DEER-MG na altura do km 92. De acordo com informações, uma ponte na rodovia no local apresenta afundamento em uma das cabeceiras. O acesso deverá ocorrer por Martins Soares passando pela MG-108. Outro trecho, do km 24 da BR-262 (entre Reduto e Martins Soares), que foi interditado mais cedo por causa da queda de uma barreira já foi liberado.

Uma tromba de d’agua durante a madrugada em Luisburgo, somado à chuva forte nas cabeceiras dos Rios São Luiz, Manhuaçuzinho e Manhuaçu durante a última madrugada fez com que ruas em vários pontos da cidade fossem inundadas. Casas, estabelecimentos comerciais e alguns prédios públicos como o Terminal Rodoviário foram atingidos. Praças inteiras ficaram submersas e muitos veículos ficaram com água até no teto. O repórter Téo Nazaré acompanha a situação e ouviu depoimentos de várias pessoas sobre os problemas e o nível de água, nunca visto antes na cidade:

 

Presídio afetado

O aumento do nível do Rio Manhuaçu alagou também a área do térreo da Delegacia de Polícia Civil e do Presídio de Manhuaçu. De acordo com o Delegado Dr. Carlos Roberto, cerca de 50 presos tiveram que ser transferidos para outros presídios e outros foram levados para o segundo andar da unidade e estão todos em segurança.

Muitas pessoas estão ilhadas em suas casas e a cidade foi dividida ao meio pelo rio cobrindo pontes, isolando as pessoas. No comércio muitos prejuízos. Com o isolamento de várias áreas na cidade e no município, para casos de urgência e emergência, a Prefeitura de Manhuaçu montou 4 pontos de atendimento à população no município. Além do Hospital Municipal estão prestando atendimento equipes no CAPS Ad, no ESF Catuai e no ESF Santo Amaro.

Equipe da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil chegou nesta tarde em Manhuaçu para acompanhar a situação de perto e a tomada de providências necessárias para o socorro às vítimas em colaboração com a Administração do Município. A equipe desembarcou de helicóptero na área do 11º Batalhão da Polícia Militar e se reuniu com a Administração do município. Há a possibilidade também da vinda à cidade do Governador de Minas, Romeu Zema, que anunciou essa intenção durante a manhã deste sábado.

O SAAE Manhuaçu divulgou comunicado que, devido ao rompimento de uma adutora, a Estação de Tratamento de Água – ETA não está operando.

A vazão, que foi diminuída por conta das enchentes, está impossibilitando o tratamento de água. Além disso, as bombas de captação no Bairro Lajinha foram submersas e não estão funcionando. As equipes buscam solucionar os problemas emergenciais e o SAAE pede a toda a população para economizar água.

A empresa Energiza, concessionária de energia na cidade, pede a atenção e cuidado de toda população para que não tentar desligar disjuntor ou padrão de energia em contato com água de enchentes e alagamentos já que essa atitude pode levar a choque elétrico e ser fatal. O padrão de energia pode ser desligado antes que o nível das águas se aproxime, mas nunca depois que já estiver submerso, segundo a orientação.

Texto: Júlio Oliveira

 

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