Academia Brasileira de Ciências Radiológicas é inaugurada em Brasília

Colegiado é inaugurado pela ABTER em Brasília, tem professores da UFMG em seu corpo de integrantes e Manhuaçuense ocupa cadeira

A Associação Brasileira de Tecnólogos em Radiologia (ABTER) apresentou no último sábado (18) os primeiros membros da Academia Brasileira de Ciências Radiológicas (ABCR), instituição dedicada à promoção da ciência e dos profissionais do campo da radiologia, tendo um professor do curso de Radiologia da UFMG como membro fundador e três professoras como membros titulares. Em sua primeira formação, a Academia tem como presidente o professor Rodrigo Gadelha, do Departamento de Anatomia e Imagem (IMA), além das professoras Adriana de Souza Medeiros Batista, Críssia Carem Fontainha Paiva e Luciana Batista Nogueira, também do IMA da Faculdade de Medicina da UFMG. A ABCR contará com 47 cadeiras ocupadas por Tecnólogos em Radiologia representando renomados cientistas na área de Ciências Radiológicas. “A Academia, nesse primeiro momento, será uma solenidade honorífica para os profissionais. Por estar subordinada a ABTER, será um braço importante na divulgação das atividades de construção da educação continuada, atividade fim da associação”, afirma o professor Rodrigo Gadelha, primeiro presidente da organização.

“O desejo é conservar, no meio da federação político-científica, a unidade acadêmica das ciências radiológicas. Tal obra exige, não só a compreensão pública, mas ainda e principalmente a constância e progresso”, declarou o professor Rodrigo Gadelha em seu discurso de posse na cerimônia de inauguração da Academia Brasileira de Ciências Radiológicas.

A Academia será constituída por representantes de todo o Brasil, reunindo renomados pesquisadores e profissionais. Segundo Gadelha, “a Academia é composta principalmente por mestres e doutores com currículos de alta expressão, dotados de excepcional experiência profissional com relevância regional ou nacional, e autores de materiais acadêmico-científicos de notório reconhecimento da classe”, aponta. A Comissão responsável pela escolha dos imortais desenvolveu um minucioso levantamento de Tecnólogos em Radiologia com o perfil indicado, além de rigorosa análise de currículos, com critério de seleção exclusivamente técnico. A análise considerou, além da qualidade e distinção profissional, títulos e premiações, o grau de idoneidade moral do postulante, inclusive os serviços de relevância prestados à radiologia brasileira.

Para o professor Rodrigo Gadelha, primeiro presidente da ABCR, “a ideia para a criação da Academia é reconhecer os profissionais, dar visibilidade para o campo e promover a formação contínua dos técnicos em radiologia”, explica. Para a professora Críssia Paiva é preciso mostrar que o conhecimento está vivo e é necessário. “É importante valorizar a ciência. Estamos em um momento em que o conhecimento não está sendo reconhecido como uma ferramenta importante para o avanço da humanidade. Queremos valorizar profissionais, que se dedicam para as ciências radiológicas, trazendo essa visibilidade para a categoria”, indica a professora.

Luciana Nogueira também destaca a valorização profissional e a mobilização da classe. “Nós temos feito muito e tem muita coisa para se fazer. ” A professora do IMA destaca que os professores da UFMG foram uma importante liderança para as conquistas dos estudantes e a qualificação profissional da área, propondo cursos e atividades de formação práticas e complementares. Para a professora Adriana Batista, a Academia Brasileira de Ciências Radiológicas promove boas referências para os jovens profissionais. Segundo ela, a ABCR “é um exemplo. Quando nos formamos em determinada área, saber que tem ali certa quantidade de pessoas que ilustram aquilo que queremos almejar na profissão é um estímulo. ”

Professora e acadêmica nasceu em Manhuaçu

A professora Críssia Paiva Fontainha, que agora integra a Academia Brasileira de Ciências Radiológicas disse que nasceu em Coronel Fabriciano e, com um ano de idade veio morar em Manhuaçu. Ela contou ao “Cidade Total” que fez o pré-primário na E. Estadual Antônio Wellerson, depois cursou 1ª e 2ª séries na E.E. Cordovil Pinto Coelho e, no Polivalente até o 1º ano do Ensino Médio. Em 1995 foi aprovada para o ensino técnico do CEFET, em BH, onde também concluiu a graduação.  O Mestrado e Doutorado foram feitos na UFMG, na parte de Engenharia Nuclear.

Críssia Paiva destaca que à época, Manhuaçu não tinha o ensino privado, mas tinha ensino de qualidade, que permitia os alunos a alçarem voos bem altos, em busca de objetivos. Segundo ela, a todo o momento fica muito feliz pela oportunidade que teve, mesmo estudando em escolas públicas, mas a vontade de vencer foi maior. “O caminho não é tão fácil, mas é possível alcançar tudo aquilo que sonhamos. Sou professora da UFMG há 12 anos, no curso de Tecnologia em Radiologia e, a cada dia a busca é constante pela qualidade do ensino. O conhecimento está perdendo seu espaço na sociedade. No evento que participei tinha representantes de quase todos os Estados na área da Radiologia. Isso traz novas esperanças, para os avanços necessários. Represento Minas Gerais, um pouco da minha trajetória e, assim Manhuaçu também se inclui com todo o meu carinho”, destaca Críssia Paiva.

Eduardo Satil/Informações: Críssia Paiva/UFMG. Fotos: Arquivo Pessoal