Academia Manhuaçuense de Letras comemora os 123 anos de seu Patrono
Um público seleto compareceu à Academia Manhuaçuense de Letras, na noite desta sexta-feira,07, para comemorar, em sessão solene, os 123 anos do nascimento do Patrono da AML, escritor José Lins do Rego Cavalcante. A sessão contou com a presença de autoridades, acadêmicos e convidados, para celebrar e lembrar do escritor, que teve total dedicação à literatura. A mesa foi composta pelo presidente da Academia de Letras, acadêmico Luiz Gonzaga Amorim, presidente da Fundação Manhuaçuense de Cultura, acadêmica Celeste Maria Fraga, Promotor de Justiça da Comarca, Dr. Isaac Soares Mação, Wendel Domingues (PC), Cb. Mariana (PPVD-11º BPM), Sávio Carvalho (Controladoria do Município) e Igor Souza Rodrigues (Unifacig). Também ficaram em local de destaque, os autores da revista “Quem são Elas”, Dra. Ana Rosa Campos, Dra. Bárbara Rocha Moratti e Dr. Vitor Oliveira Rúbio Rodrigues.
Nascido em 03 de junho de 1901, em Engenho Corredor, no município de Pilar, Paraíba, o Patrono da Academia Manhuaçuense de Letras, José Lins do Rego foi uma pessoa de grande notoriedade, começou sua carreira literária colaborando com o Jornal do Recife e, com o semanário Dom Casmurro. Formou-se em Direito em 1923, ingressou no Ministério Público, como Promotor de Justiça exatamente em Manhuaçu, no ano de 1925, mas não permaneceu por muito tempo na função.
Em 1926, transferiu-se para a capital de Alagoas, onde passou a exercer as funções de fiscal de bancos. Foi lá que passou a ter contato com grandes escritores, como Graciliano Rosa, Rachel de Queiroz, Aurélio Buarque de Holanda, dentre outros. A partir daí começou a ser um apaixonado pela literatura, e revelou um grande escritor do moderno romance brasileiro. Ao todo, José Lins do Rego lançou 12 obras perfeitas que foram admiradas por todos.
Novos acadêmicos empossados
Durante a comemoração dos 123 anos de nascimento do escritor, a Academia Manhuaçuense de Letras empossou mais seis novos membros honorários. Maristela das Graças Ferreira Rodrigues, Paola Braga de Oliveira, Jorge da Silva Melo, Glauco Murad Macedo, Marcelo Morais e Eduardo Satil Alves. Os novos acadêmicos chegam com o compromisso de contribuir com a valorização da cultura, preservar a história e somar com os demais acadêmicos, que fazem da Academia de Letras “a magia do saber”.
A acadêmica, Natália Schettine Marques prestou uma linda homenagem ao Dr. Aloísio Teixeira Garcia, entusiasta com a literatura, que faleceu recentemente em Belo Horizonte.
Revista “Quem são Elas” é lançada no evento
A revista foi produzida pelos alunos do 4º período do curso de Direito do Centro Universitário Unifacig, sob a supervisão da professora, Ana Rosa Campos. A revista traz o mapa da violência doméstica, da segurança pública e da cidadania. Para elaborar todo o trabalho, os alunos realizaram pesquisa junto à Delegacia da Mulher de Manhuaçu, no período de 2021 a dezembro de 2022, por meio da plataforma do Sistema Integrado de Defesa Social, para acesso ao Registro de Eventos de Defesa Social (REDS). Foram levantados boletins de ocorrência e ainda estabelecido critérios objetivos, para a definição do universo de amostragem, bem como o cuidado estatístico em relação as classes, cor, sexo, faixa etária, bairro e outros pontos considerados relevantes. De acordo com a autora da revista, Ana Rosa Campos, hoje é possível saber qual o bairro apesenta maior índice de violência. “O trabalho se trata de um longo estudo, pesquisa desenvolvida pelos alunos do curso de direito e a supervisão de professores. Meu sonho é que todos tivessem acesso a esse conteúdo e, assim mudarem a consciência para a redução da violência doméstica. Foi uma revista feita com muito carinho e, agora a nossa torcida é que em breve se transforme em um livro. Além de coroar o nosso trabalho, com certeza reforçará o compromisso com a promoção de uma sociedade mais justa e, a luta contra a violência doméstica”, ressalta a professora Ana Rosa.
Para o presidente da Academia Manhuaçuense de Letras, Dr. Luiz Gonzaga Amorim, o momento foi de alegrar e comemorar tantas vitórias, além de perceber a vontade das pessoas em lutarem por algo melhor. “Independentemente do que estiver acontecendo à sua volta, faça o melhor que puder, pois, a virtude não precisa de plateia, de aplauso ou reconhecimento. A virtude é a sua própria recompensa”, pontua Luiz Amorim.
O encerramento da noite festiva ficou por conta de apresentação de Mariângela e Téo Nazaré, com a música Maria, Maria (Milton Nascimento) e Roniele Moreira de Abreu, numa bela apresentação no violino.
Eduardo Satil