Reportagem em Vídeo: Academia Manhuaçuense de Letras reabre as portas
Uma homenagem a Padre Júlio Pessoa Franco e os 100 anos do rádio
A presença de pessoas importantes e convidados especiais marcou a reabertura das portas da Academia Manhuaçuense de Letras de Manhuaçu (Casa José Lins do Rego), na noite desta sexta-feira,22. As portas do poder se abrem novamente, para que as atividades aconteçam e, a população possa visitar e conhecer um pouco da história da região. Por um período, o espaço permaneceu fechado para as adequações exigidas pelo Corpo de Bombeiros, para a permissão de funcionamento. Foram realizados vários reparos, instalação de equipamentos de segurança e contra incêndio, além do curso de brigadistas, que alguns integrantes foram orientados a fazer.
Para marcar o momento de reabertura, o presidente da Academia Manhuaçuense de Letras, S. J. de Moraes, juntamente com o vice-presidente, Dr. Sérgio Alvim e a diretoria decidiram realizar dois momentos importantíssimos. Primeiramente, a comemoração dos 100 anos do rádio, que, no dia 7 de setembro de 1922, teve a primeira transmissão radiofônica no Brasil, por ocasião do centenário da Independência. O discurso do presidente Epitácio Pessoa foi transmitido, por meio de uma antena instalada no morro do Corcovado e alcançou receptores em Niterói, Petrópolis e São Paulo. A outra razão de escolha da data é que, no dia 22 de julho de 2018, a região despedia do líder religioso, empresário responsável pelo surgimento do maior meio de comunicação regional. Todos se despediam de padre Júlio Pessoa Franco, fundador e presidente da Fundação Expansão Cultural (Rádio AM e FM, Jornal Tribuna do Leste, Gráfica e Livraria Expansão Cultural).
Para reviver a história do homem que revolucionou a comunicação regional, profissionais que atuam na comunicação foram convidados. Alguns, devido a compromisso não compareceram. Ex-funcionários, que trabalharam com padre Júlio Pessoa Franco (Wantuil Ferreira, José Maria de Morais, S. J. de Moraes, Eduardo Satil, Téo Nazaré, Thomaz Júnior e Senise Rocha), puderam compartilhar com os presentes sobre a convivência, peculiaridade, exigência, conhecimento e a forma revolucionária que ele enxergava as coisas. O Superior da Congregação dos Missionários Sacramentinos, padre José Raimundo da Costa “Padre Mundinho”, também participou do momento de homenagem e disse que, padre Júlio gostava de viver, sobretudo o Evangelho que pregava. “Aprendi muito com ele, no que se refere a comunicação. Além de zeloso, exigente, tinha uma capacidade singular para observar os profissionais, que trabalhavam nas empresas administradas por ele. Ele gostava muito de mim. A saudade é sempre sentida”, disse. Para S. J. de Moraes, o momento foi marcante, pois todos que conheceram e conviveram com padre Júlio guardam eterna lembrança. “Era severo e gostava de tudo certinho, mas um coração generoso e amigo de todos”, detalha S.J. de Moraes.
Portas ficarão abertas para visitação
A reabertura da bela “Casa José Lins do Rego”, traz uma novidade para as pessoas que gostam de cultura, que desejam conhecer a história da região e o acervo existente entre as paredes enormes da Casa de Cultura. A partir de segunda-feira, 25, as portas ficarão abertas durante o dia, para visitação. Assim, as pessoas poderão ter um novo olhar e entenderem que Manhuaçu é uma terra encantadora, que cultiva uma riqueza para encher de orgulho quem mora aqui.
Para o presidente da Academia Manhuaçuense de Letras, S.J. de Moraes, todos poderão visitar o espaço, que vai possibilitar uma viagem na história, conhecerem uma região que tem seu passado e o presente de glória. “Queremos que haja interesse das pessoas a passarem aqui, e conhecer o que temos. A nossa história é muito bonita, precisa ser conhecida por todos e, a casa ser visitada por todas as pessoas. Certamente, ao passarem na entrada do palácio, passar pelos portões de ferro ou pela porta principal, o sentimento será de um mergulho na história de Manhuaçu”, completa S.J. de Moraes.
Confira reportagem em vídeo co Téo Nazaré:
Eduardo Satil