Autoridades discutem o fim do lixão em Manhuaçu

“O dia 31 de maio de 2023 ficará em nossa memória”: a frase expressa pela relatora da Comissão Especial de Estudo sobre a Instalação de Empreendimento de Tratamento de Resíduos Sólidos e Aterro Sanitário em Manhuaçu, vereadora Mariely Assistente Social confirma que, a discussão sobre a necessidade de acabar definitivamente com o lixão está com os dias contados. O lixão da cidade funciona acima dos bairros Santa Terezinha e Engenho da Serra, pode ser considerada como uma “bomba atômica”.

O assunto foi debatido na tarde desta quarta-feira,31, na Câmara de Vereadores, com a presença da prefeita, Secretários Municipais, Ministério Público Estadual, autoridades locais, representantes de entidades e moradores do Barreiro. Tudo indica um novo tempo para o município, que estava sendo cobrado para dar fim ao lixão, obedecendo assim, o que está estabelecido em lei que, a data final será 31 de agosto. A principal mudança feita pelo novo marco em relação ao descarte do lixo é que, cidades entre 50 e 100 mil habitantes têm até agosto para eliminar o problema. A data está chegando e, Manhuaçu terá de colocar um ponto final na questão relacionada ao lixão.

De acordo com a prefeita, Maria Imaculada Dutra, o município está buscando alternativa, através de um consórcio formado por 19 munícipios, para a realização do transbordo do lixo. Também será realizado nos próximos dias, o processo de licitação junto ao consórcio. “Agora temos de buscar a solução, pois, o prazo está batendo à porta. Dentro de poucos dias daremos início as ações, bem como acompanhamento as 40 famílias, que vivem daquela atividade. Serão inseridas no programa Lixo e Cidadania do MPE”, disse a prefeita.

O Promotor de Justiça, Guilherme de Castro Germano, responsável pela 3ª Promotoria que cuida das questões ambientais participou da reunião, para discutir o fim do lixão do município. Para o Promotor, a legislação é rígida quanto ao plano de gestão dos resíduos sólidos e, o descarte correto do lixo.  A aplicação da Política Nacional de Resíduos Sólidos permanece a mesma, apesar do novo marco. Portanto, municípios em situação irregular após o término do prazo de adequação podem ser autuados. A lei é clara.  Um aterro não pode ser feito da noite para o dia e, se tratando de particular, o Ministério Público estará atento. Tranquilizou aos moradores do Barreiro, que estão temerosos com a possível instalação de um Centro de Tratamento de Resíduos Sólidos, para que tenham calma e, em caso de dúvida ou tentativa para o empreendimento, os moradores podem recorrer ao MPE.

O Promotor ainda destacou sobre a situação dos catadores, que serão inseridos no trabalho sócio econômico, para que tenham o direito à dignidade de vida. “Todo um trabalho será desenvolvido em parceria, pois, eles precisam ser inseridos na busca de melhor condição e qualidade de vida. Para isso, o município terá de organizar os catadores e, quem sabe retornar com a associação, que existiu outrora”, explica o Promotor Guilherme de Castro.

Em sua fala, o comandante do 11º BPM. Ten.Cel. Luciano Reis e, o responsável pela Polícia Militar de Meio Ambiente da Unidade, Ten. Rodrigues ficaram felizes com a notícia e colocaram à disposição para o trabalho educativo, na multiplicação de informações sobre a importância do descarte correto do lixo, que impacta diretamente a saúde da população e o meio ambiente.

Para os membros da Comissão Especial de Estudo Sobre a Instalação de Empreendimento de Tratamento de Resíduos Sólidos/Aterro Sanitário no Município de Manhuaçu, vereadores Alan do Alaor, Mariley e Juninho Enfermeiro, o fim do lixão no município foi um trabalho árduo, com dedicação e visita a lugares onde existem aterros sanitários. “Agora queremos que haja união, para o bom andamento do processo. A nossa luta continuará, até que possamos ter uma cidade que tanto sonhamos”, completa Marley Assistente Social.

Eduardo Satil

Fotos/Drone- Delano Côrtes