Conheça a trajetória musical de Teógenes Nazaré
Biografia de Teógenes Nazaré Alves
Teógenes Nazaré Alves, nasceu em 24 de novembro de 1959, em São João do Paraíso, Minas Gerais, filho do Policial Militar, sargento José Evaristo Alves e Maria Placedina Alves. Criado em uma família de doze irmãos, Teógenes teve contato com a música desde cedo, influenciado por seu pai, que era cantor trovador, compositor e violonista.
Seu interesse pela música se intensificou aos 16 anos, e sua primeira apresentação em um festival resultou em uma vitória em primeiro lugar na Escola Caio Martins, na cidade de Buritizeiro.
No final da década de 1970, seu pai mudou-se com a família para Ribeirão das Neves, onde Teógenes encontrou nos instrumentos musicais de seu tio, Jonas José dos Santos, a oportunidade de aprofundar-se no universo musical.
Seu tio, que havia formado uma banda desativada, decidiu reativá-la com a chegada da família Nazaré, formando assim o conjunto JG7 em parceria com o guitarrista Geraldinho. Os integrantes da banda eram Teo Nazaré (guitarra e vocal), Luiz Gonzaga (solista), Geraldinho (guitarrista e cantor), Ângela Nazaré e Sandra Nazaré (vocalistas), Klebinho (baterista), Toninho (baixista) e Jorge Reis (baterista). Com o fim do conjunto, Teo, tornou-se vocalista e guitarrista da Banda Vênus, também em Ribeirão das Neves.
Em 1980, sua família retornou a Manhumirim, onde se formou em Contabilidade no Colégio Elias Gomes Corrêa. Ainda na década de 1980, fundou com amigos o Grupo Musical Gôta D’Água, que teve destaque ao vencer diversos festivais de MPB. Um dos festivais contou com candidatos de várias cidades, e Teógenes conquistou o primeiro e o segundo lugar com as músicas autorais “Mundo Louco” e “Natureza Morta”, em parceria com Mauro Luís Corrêa. O evento foi organizado pelo artista plástico João Rosendo e contou com um júri formado por renomados atores da Rede Globo, como Lima Duarte, Stênio Garcia, Stepan Nercessian, Cosme dos Santos e Dary Reis.
Na sequência, Teógenes Nazaré, fundou a Banda Nazaré, que teve diversas formações com os irmãos Dalton Nazaré, Carlos Nazaré, Ângela Nazaré, Lídia Nazaré, Dedé, Arnaldo, Paulinho Saraiva, Luciano Nazaré e Waltinho Ker. A banda obteve grande sucesso, realizando bailes e shows em vários estados do Brasil, interpretando canções nacionais e internacionais dos anos 1980 e 1990.
Durante essa mesma época, Teógenes ingressou como locutor na Rádio Manhumirim, onde trabalhou por aproximadamente 15 anos. No período, casou-se com Enilda Verônica Andrade, com quem teve uma filha, Mayara Andrade Nazaré Alves. O casamento durou sete anos. Anos depois, casou-se com Ana Lúcia Portugal, com quem teve dois filhos: Matheus Portugal Nazaré Alves e Marianna Portugal Nazaré Alves.
No final da década de 1990, com o encerramento da Banda Nazaré, Teógenes passou a atuar como guitarrista e vocalista da Banda Gêmeos, ao lado da vocalista Otaviana Corrêa e do tecladista Willian Corrêa. Durante esse período, mudaram-se para o Rio de Janeiro, onde tocaram por quase dois anos em prestigiadas casas de shows e chegaram a dividir espaço com a Orquestra Cuba Libre, sob regência do maestro Chiquinho Araújo.
Ao retornar a Minas Gerais, estabeleceu-se em Manhuaçu, onde continuou suas atividades musicais. Em 2001, passou a integrar a Rádio e TV Catuaí, onde apresentava programas musicais e coordenava o “Programa Mão Amiga”, voltado à solidariedade. Também foi produtor do programa cultural “Raízes”, apresentado por sua irmã Solange Malosto Nazaré Alves. Após encerrar sua passagem pela Rádio e TV Catuaí, Teógenes trabalhou nas rádios Manhuaçu AM e 88,3 Nova FM por sete anos. Posteriormente, atuou como repórter na Câmara Municipal e, mais tarde, na Secretaria Municipal de Cultura e Turismo.
Por sua dedicação à cultura e à solidariedade, recebeu diversas honrarias, medalhas e títulos de mérito. Foi convidado pelo presidente Fabrício Santos Souza para integrar a Academia de Ciências, Letras e Artes de Minas Gerais (ACLA-MG), além de tornar-se membro da Academia Manhuaçuense de Letras (AML).
Em 2002, Teógenes iniciou a produção de um longa-metragem épico baseado na história de José do Egito, intitulado “Sonhos Reais”. O projeto começou de forma modesta, com apenas uma câmera e três atores: seu filho Matheus Portugal (então com sete anos), sua esposa Ana Lúcia e o amigo Dângelo Labanca. Com o tempo, a produção cresceu, envolvendo cerca de 500 voluntários. Teógenes desempenhou múltiplas funções, atuando como produtor, diretor, cinegrafista, figurinista, cenografista e compositor da trilha sonora. O longa, com duração de duas horas e meia, foi lançado em Manhuaçu em 2019, com três sessões de cinema lotadas.
Durante a pandemia de COVID-19, Teógenes deu início ao projeto musical internacional “Nazareth Project”, cuja primeira canção, “The World Has Stopped” (“O Mundo Parou”), foi lançada como uma reflexão sobre os impactos globais do vírus. O projeto inclui um repertório de 34 canções a serem lançadas com videoclipes.
Teógenes Nazaré é um artista multifacetado que marcou a história musical e cultural de sua região, deixando um legado de música, cinema, comunicação e solidariedade.
