Consep discute situação do lixão com SAMAL e Secretaria de Meio Ambiente

Para entender o que tem se passado e, o que será feito com relação ao lixão, que fica no ponto mais alto da cidade, que demarca o limite dos bairros Santa Terezinha e Pouso Alegre (Clube do Sol), o Conselho de Segurança Pública (Consep) trouxe à tona o assunto na reunião, que aconteceu no dia 11 de janeiro. E, com o objetivo de esclarecer o que vem sendo trabalhado pelo município, a fim de eliminar o problema que se tornou crônico para toda população, o órgão realizou na noite desta terça-feira, 8, a reunião ordinária, que contou com a presença do diretor do SAMAL, Kilder Perígolo, responsável pelo gerenciamento do espaço da usina de compostagem de lixo e, o Secretário Municipal de Meio Ambiente, Sandro Tavares.

O local produz no período de chuva intensa, o chorume. Um líquido de coloração escura, que surge com a decomposição do lixo doméstico, produzido também pelas empresas. O líquido possui textura viscosa e forte odor característico. O resíduo pode se originar da umidade natural do lixo, que aumenta no período de chuvas; da água proveniente da matéria orgânica, escorrida durante a decomposição do material; e das próprias bactérias encontradas no lixo, responsáveis por dissolver a matéria orgânica com a formação do líquido.

Essa situação tem trazido muita preocupação para boa parte da população e, como o Consep está inserido nesse processo, de zelar também pelas questões relacionadas a melhoria da qualidade de vida comunitária e defesa social, decidiu discutir o assunto e pedir providências aos órgãos governamentais.

Ao falar sobre a situação do local, o diretor do SAMAL, Kilder Perígolo disse que há um projeto “Lixo e Cidadania”, para voltar com a coleta seletiva. Quanto a montanha de lixo e o chorume produzido, torna-se uma tarefa difícil, haja vista a necessidade de um aterro sanitário para o descarte. “Atualmente, a cidade de Manhuaçu produz 80 toneladas de lixo por dia. Para descartar é utilizada uma “vala”, que fica do lado do bairro Santa Terezinha, que ainda suporta por mais cinco anos. Está sendo planejado um estudo, para transbordo, mas, além de complicado e muito caro, se faz necessária uma licença junto ao órgão competente. Tudo muito difícil”, explica Kilder Perígolo. Mas, até 2023, o projeto tem de ser viabilizado e uma solução, para eliminar os mais de 80 metros de altura de lixo, que pode ser observado de longe.

O Secretário Municipal de Meio Ambiente, Sandro Tavares também considera grave a situação, mas as dificuldades são inúmeras para a destinação do lixo, que está acumulado há aproximadamente 28 anos naquele lugar. Segundo Sandro Tavares, há empresas interessadas no projeto do lixo, porém as dificuldades são enormes e, não existe nenhuma ação concreta viabilizada. “Por força de lei, até 2023 algo de concreto precisa ser colocado em prática”, destaca o Secretário.

Para o presidente do Consep, Anízio Gonçalves de Souza, ouvir as autoridades a respeito do local do lixão, foi um passo importante para a entidade que zela pela qualidade de vida das pessoas. “Precisamos mobilizar, unir nossas forças, pois o lixão precisa ser retirado daquele local, já que ali se instalou um crime ambiental”, disse Anízio Gonçalves.

Eduardo Satil