Corte de árvores no Trevo provoca revolta em ambientalistas
Alguns ambientalistas, ainda não conseguem entender e estão indignados com o corte de 24 árvores em crescimento, acima da praça de lazer, que fica no Trevo do Cafeicultor. As árvores estavam em uma área da RPPN Irmã Sheila, cuidada pela ONG Pro Rio Manhuaçu. A agressão ao meio ambiente aconteceu na última quinta-feira, 10, quando vários homens e caçambas iniciaram bem cedo o movimento. Nenhum órgão ambiental foi consultado sobre a “supressão” das arvores naquele local, considerado área particular e protegida. Até agora nenhuma explicação por parte da prefeitura foi dada, para que os moradores adjacentes, ambientalistas, bem como o Conselho Municipal do Meio Ambiente e Pro Rio Manhuaçu venham digerir a necessidade de promover o corte das árvores, considerado crime ambiental na área urbana da cidade.
As árvores ofereciam sombra a quem praticava atividade física na ciclovia, praça de peteca e caminhantes para descansar. Foi percebida pela reportagem do site “Cidade Total” que, além de cortarem as árvores, os responsáveis pela execução do serviço arrebentaram a cerca de arame e derrubaram os mourões.
O que chama a atenção é que, as árvores cresceram afastadas da margem da rodovia (Trevo). A área onde elas faziam sombra é exatamente sobre o espaço de um recuo, que foi construído para os praticantes de jogo de peteca. Um morador, que pediu o anonimato desabafou: “Eles estão fazendo as coisas sem respeitar a opinião e o desejo de pessoas que, como eu, moro há muitos anos aqui”, afirmou. Era comum perceber pessoas conversando, descansando e se protegendo do sol quente, sob as árvores que foram cortadas.
O presidente do Conselho Municipal de Meio Ambiente (CMA), Milton Filgueiras está estarrecido com o que aconteceu e, ao mesmo tempo indignado com o silêncio por parte do órgão da Prefeitura, que promoveu total desrespeito para com os órgãos ambientais, moradores e nós, que somos voluntários e dedicamos o tempo para preservar a área. A reportagem do site Cidade Total percorreu o pequeno trecho, que fica ao lado do Trevo do Cafeicultor e constatou o corte de vinte e quatro árvores bem desenvolvidas.
Foi feito contato com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, mas o titular da pasta não respondeu a mensagem, para explicar sobre a necessidade do corte e quem foi o responsável pela destruição da área. O caso será encaminhado à Promotoria de Meio Ambiente.
Eduardo Satil