Descaso no cemitério municipal revolta filho que sepultou a mãe

A falta de atenção deixou uma família bastante revoltada nos últimos dias, devido à demora em colocar no túmulo, a placa de mármore (pedra) na gaveta onde foi colocado o caixão. De acordo com um dos filhos, a mãe faleceu há 30 dias e, desde então está tentando que os funcionários do Cemitério Municipal de Manhuaçu coloquem a placa, porém todas as tentativas foram fracassadas.

As desculpas eram de que, não tinham o material para realizar o serviço de fixação na parede do túmulo e, que tinham esquecido onde o corpo havia sido sepultado. Embora um momento muito difícil para a família, mesmo assim, um dos filhos decidiu agir, ainda com a lembrança da despedida e buscou força, para realizar o trabalho por conta própria.

O Subtenente Cleber Lucas acionou a reportagem para acompanha-lo até ao cemitério, para mostrar a triste realidade de um local abandonado e carente de cuidados adequados. A denúncia aponta para a falta de limpeza no cemitério, revelando um descaso que não condiz com a importância e, a sensibilidade que o momento de sepultamento demanda. Um “caixãozinho” de recém-nascido foi deixado do lado externo na tarde de quarta-feira, 04, chamou a atenção de quem passava pelo local. O estado do local ressoa na experiência dos familiares que, em meio à dor da perda, se deparam com um ambiente desolador.

Cleber Lucas, bastante abalado pediu que fosse registrada a sua atitude necessária, para realizar a fixação da pedra de mármore no túmulo, porque os funcionários nada fizeram. Ele conta que decidiu levar ao conhecimento da população a situação, porque é inadmissível perceber o descaso e, funcionário dormindo no horário em que deveria estar verificando a demanda no cemitério. Ele ressalta ainda, que é um momento difícil para toda a família, mas ver o local todo sujo, justificar que faltava parafuso e outros materiais foi revoltante. Outra situação é que, ao chegarmos, o encarregado estava dormindo. “Quero dignidade para o ente querido que esteja sepultado aqui, principalmente por ser a minha mãe. Por três vezes vim aqui e, a pedra estava encostada em outro túmulo. Foram 29 dias e, nem sequer sabiam onde estavam os parafusos. Só ficam dormindo. Isso tem impactado por essa falta de atenção de quem trabalha e, quero providências por parte das autoridades municipais”, desabafa o Subtenente Cleber Lucas.

 

Muitas pessoas manifestaram indignadas com o ocorrido, narraram que já passaram por situação semelhante no cemitério. A reportagem fez contato com a pessoa responsável pela coordenação do cemitério municipal, para saber de quem é a responsabilidade de fixar a pedra (placa) de revestimento, após sepultar uma pessoa. Infelizmente, a equipe de jornalismo não obteve nenhuma resposta.

Eduardo Satil