Educação Étnico Racial e Diversidade é tema de Seminário em Manhuaçu
Propostas e ideias para diminuir as desigualdades, Educação Étnico Racial e Diversidade fizeram parte do X Seminário Regional de Promoção pela Igualdade Racial, promovido pela Associação do Movimento Cultural Negro de Manhuaçu. O evento aconteceu no Anfiteatro da Câmara e contou a presença do Presidente da Associação do Movimento Cultural Negro, Marco Antônio Cabral, Luciano Lima (Conselho Municipal de Promoção pela Igualdade Racial), Procurador do Município, Ronaldo Garcia, Secretário de Educação, Daniel Vieira, ex-secretário municipal de Educação, Eduardo Portilho, coordenador da Subsede Sind-UTE, Paulo Bragança, vice-presidente da Câmara, Alan do Alaor, ex-coordenadora do Sind-UTE, Dorca Pires de Carvalho. Também participaram as vereadoras, Rosemary e Mariley, Conselho Municipal de Educação, além de representantes de instituições, escolas e convidados, para acompanharem a palestra sobre a educação e diversidade.
A abertura teve apresentação, com a participação dos Usuários do Serviço de Assistência Social da APAE- Centro\dia, coordenado por Márcia Brito, Jerusa e Vanessa. Outra atração cultural, foi apresentada pelo professor, Paulo Lucas.
O Seminário Regional de Promoção pela Igualdade Racial abordou a relevância de as escolas estarem sequenciando o tema na grade curricular, agenda de pesquisas na área, as interfaces entre a educação científica, secundária e educação das relações étnico-raciais, com vistas ao combate ao racismo e, à valorização da diversidade étnico-racial.
Para o presidente da Associação do Movimento Cultural Negro de Manhuaçu, Marco Antônio Cabral, a presença dos participantes foi fundamental para a evolução de uma discussão ampla com a sociedade, no combate ao racismo, à desigualdade e valorização da diversidade étnico-racial brasileira.
Convidada para palestrar no evento, a professora Maria Catarina Laboré Domingues Vale, diretora do Departamento de Políticas Sociais e Imprensa do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), subsede Divinópolis abordou com detalhes o tema. Ela compartilhou sua experiência, e provocou os participantes a estarem fazendo uma reflexão sobre o acesso às conquistas em sua cidade e, a necessidade de uma motivação diária para um tema permanente, pois, o racismo continua sendo praticado de forma velada. Ela lembra, que ações devem ser implementadas por parte da Associação do Movimento, Conselho Municipal de Promoção pela Igualdade Racial para as articulações junto a sociedade, para que o ser humano que fez a diferença no passado, seja tratado com igualdade por essa sociedade, que se diz tão compreensiva.
“As escolas precisam multiplicar mais o conhecimento com o público ali presente, o movimento negro, vereadores precisam ir às escolas, para verdadeiramente ter uma política cidadã nas escolas. Os representantes precisam colocar na pauta uma verdadeira política pela igualdade racial”, disse Maria Catarina Laboré Domingues. Ela ressalta que, nas escolas, o assunto está esquecido no ponto de vista do letramento para o aluno entender o que é o racismo e, como enfrentar a situação lá fora. “Quando se fala em discriminação, racismo, muitas pessoas não acreditam que ainda existe numa sociedade, que a princípio se considera muito evoluída. O avanço do racismo e ofensas raciais tem avançado em nosso Estado, na nossa cidade. Infelizmente, as pessoas não falam”, detalha Maria Catarina.
Eduardo Satil