Monitores se posicionam contra a realização de trabalho nas ruas
Diretores do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (SINTRAM), acompanhados da assessoria jurídica receberam na sede da entidade, profissionais que trabalham como monitores em Manhuaçu.
A reunião teve como objetivo entenderem a intenção da Administração Municipal, para que atuem nas ruas da cidade realizando ações da campanha de conscientização à população sobre a contaminação do novo coronavírus.
O trabalho a ser desenvolvido visa orientar em caráter educativo, as pessoas que estiverem circulando pelas ruas, comerciantes para estarem atentos e utilizando máscara, álcool em gel e o distanciamento social.
Eles aproveitaram para tirar dúvidas sobre os rumores de que o sindicato estaria concordando com a convocação para o trabalho deles na rua, ou que a entidade também estaria contra a contratação de monitores. “Em momento algum concordamos com a ação deles nas ruas. Quanto a contratação não houve nenhuma combinação com a administração. Queremos que seja feita de acordo com o que estabelece a Constituição Federal”, disse o presidente eleito, Márcio Silva Correa.
O presidente ressaltou ainda que, não foi feito nenhum acordo para contratar ninguém e, muito menos para não contratar. E se alguém disse teve tão somente a intenção de prejudicar o Sindicato, que é contrário ao desvio de função.
Para a maioria dos monitores, a convocação para esse trabalho na rua foge completamente daquilo que fazem no cotidiano, além de ficarem na linha de risco de contaminação. “A gente vai ficar completamente desesperado, sem saber como atuar nas ruas, diante de um quadro grave provocado pela pandemia”, disse uma das participantes. Após longa explanação feita pela diretoria do SINTRAM e a assessoria jurídica, foi levado em votação o assunto em pauta e, a maioria posicionou contrária à intenção do Executivo convocar e encaminhá-los a realizar um trabalho, que deveria ser feito por pessoas qualificadas da área de saúde.
Monitores atuam como professores
Os monitores ainda destacaram que estão trabalhando de forma remota, gravando vídeos pedagógicos para serem encaminhados aos pais dos alunos. Segundo eles, a tarefa é distribuída diariamente e, ainda o próprio monitor precisa elaborar o plano de aula e relatório de atividades.
Agora, a assessoria jurídica estará elaborando um documento contendo todas as informações necessárias, bem como o posicionamento dos monitores e da diretoria do SINTRAM quanto a decisão contrária dos profissionais. O documento será encaminhado à Chefe do Executivo e à Câmara de Vereadores.
Texto: Eduardo Satil- Assessoria de Imprensa do SINTRAM