Moradores do Barreiro lutam contra a instalação de Central de Resíduos Sólidos

A notícia sobre um empreendimento a ser construído na localidade do Barreiro (Pedra Furada), tem deixado os moradores da localidade e adjacências muito preocupados. O projeto inicial é de uma empresa privada, instalada recentemente em Manhuaçu, que agora está mobilizando e, o projeto saia do papel. Alguns moradores tomaram conhecimento do que estava sendo proposto, ao serem convidados para uma reunião com o representante da empresa, que aconteceu no dia 31 de janeiro.

Diante do que foi apresentado, o morador do Barreiro, Romildo da Silva e lideranças começaram a perceber que deveriam reagir, com a mobilização da população e entidades, para discutirem sobre as ações que devem ser realizadas, a fim de evitar que o projeto original seja executado. Segundo os moradores, além da área demarcada, há mais duas áreas alternativas na mesma região.

A área escolhida, a qual deve operar o Centro de Tratamento de Resíduos Sólidos de Manhuaçu (CTRS) é predominantemente rural, onde as famílias trabalham na agricultura familiar, utilizam água de mina das propriedades para a irrigação. Segundo eles, o futuro empreendimento representa uma ameaça às nascentes existentes, lençol freático sejam afetados, saúde dos moradores ameaçada e o meio ambiente condenado.

Na reunião ocorrida na noite desta quarta-feira,15, na Igreja São Lourenço, os moradores disseram que estão dispostos a lutar, a fim de evitar que o empreendimento seja instalado. Decidiram realizar o levantamento de nascentes, número de famílias, elaborar abaixo assinado para que seja encaminhado os órgãos ambientais, Ministério Público e, a realização de uma audiência pública na comunidade. De acordo com o vereador, Alan do Alaor, a ideia de se construir o Centro de Tratamento iniciou-se em 2012 e, agora o projeto embalou para ser executado. “A comunidade está disposta a lutar contra. Na Câmara de Vereadores estarei colocando o assunto em pauta e, juntamente com uma comissão de moradores formada hoje, nós vamos à última consequência em defesa da comunidade. A preocupação é grande, porque isso trará muito transtorno para o Barreiro, onde há muitos moradores”, explica o vereador.

A presidente do Coamma, Marinez Bragança participou da reunião na comunidade, achou importantíssima a mobilização dos moradores, que querem a reativação da associação de moradores. Segundo ela, a associação está regular e depende deles se reunirem e marcar eleição. “Torna-se importante, sobretudo, diante de uma polêmica como essa que está iniciando, a associação atuante para assumir postura e promover ação”, detalha Marinez Bragança.

Eduardo Satil/Fotos: Satil