Municipalização do ensino é discutida em reunião na Câmara de Manhuaçu

A mudança no ensino para que o município faça adesão ao projeto Mãos Dadas, que chegou à Câmara de Vereadores na semana passada foi discutido nesta segunda-feira,07, na reunião de Comissões. O assunto levou à Casa Legislativa, representantes do Sind- UTE, Sindicato dos Servidores e professores, para discutirem com os vereadores o risco em municipalizar o ensino, em que o município assume a responsabilidade.

O medo dos profissionais da educação é que, os vereadores acreditem na argumentação de que não trará nenhum prejuízo para os alunos e os profissionais. O projeto Mãos Dadas permite que os professores, que optarem por continuar lotados nas escolas que serão absorvidas pelo município não tenham prejuízo dos direitos e das vantagens do cargo efetivo do Estado.

Assim, o Governo de Minas arcará com os custos de folha dos servidores efetivos, garantindo todos os direitos e benefícios, incluindo o Ipsemg e aposentadoria, além das promoções e progressões da carreira. Mas, os professores já estão em estado de alerta de que, tudo isso não passa de uma promessa, para serem descartados e ficarão sendo servidores do município. Em Manhuaçu, as escolas Salime Nacif e Monsenhor Gonzalez estão na lista da municipalização.

A diretora da Estadual Monsenhor Gonzalez, Andreia de Souza Werner usou a tribuna para falar sobre o assunto, que vem trazendo preocupação e insatisfação nos professores, alunos e servidores que serão impactados com essa mudança. “Municipalizar sem ouvir a comunidade, os profissionais da educação é uma aberração. Estamos aqui, para pedir a vocês, vereadores, que não permitam que aconteça aqui”, disse.

Ouvido pela reportagem, o coordenador regional do Sind-UTE (Subsede Manhuaçu), Paulo Bragança disse que está temeroso com o que está vindo por aí. Para ele, municipalizar o Ensino Fundamental 1 é uma forma de fugir da responsabilidade. Agora o Sind-UTE, que representa a categoria continuará pressionando os vereadores, o Secretário Municipal de Educação, além de mobilizar toda a comunidade para que o projeto Mãos Dadas não seja aceito pelo município. “Vamos mobilizar os pais, comunidade escolar para sensibilizar os vereadores a analisarem a matéria de forma minuciosa. Somente com mobilização e pressão poderemos vencer mais essa batalha”, pontua Paulo Bragança. Após a emblemática discussão, o projeto saiu de pauta a pedido vista, para melhor análise da matéria.

Eduardo Satil