O TEMPO DA SAUDADE

Olhando para o Céu, até que é possível dizer que o tempo não passa. Mas, ao voltarmos para o passado vem a certeza de que, o tempo passa tão depressa e acelerado, que nos faz sentir muita saudade das pessoas que gostamos, daquelas que nos deixaram e outras que não vemos. Outras que partem, porém, não são esquecidas e nem o tempo leva a saudade.

O tempo parece que me remete no passado tão próximo. Nesse dia 21 de julho ficará para sempre guardado em nossa mente, sobretudo, para aqueles que tiveram a oportunidade e o orgulho de conviver e trabalhar com o Padre Júlio Pessoa Franco, que chefiava o Jornal Tribuna do Leste e Rádios Manhuaçu AM/FM. Foi exatamente nesse dia 21 de julho (sábado) de 2018, que ficamos “inertes” por um bom tempo, sem acreditar que aquele sacerdote severo, de voz pacata, porém firme nas decisões e inteligente como poucos, havia nos deixado e voltado para os braços do Pai.

Mas, como acreditar numa notícia tão estranha, tão louca e tão dura para ser ouvida! Ao mesmo tempo, na mente passava a mensagem de que chegava ao fim, a trajetória de sucesso do lado religioso e empresarial, de um líder absoluto que fez história. Ensinou as pessoas, que vale a pena acreditar, ter a serenidade nas ações, compromisso com a sociedade e, ainda “ser parte principal da história”.

São cinco anos sem a presença do missionário, que era uma pessoa considerada séria e prestigiada, respeitada e admirada por todos nós, que tivemos a felicidade de dividir a Redação do Jornal Tribuna do leste e Rádio, todos os dias com o grande Mestre da Comunicação. Cada dia era de aprendizado. Cada momento era de conquista. Cada ensinamento, seus funcionários tinham a confiança e o porto seguro no Chefe Maior.

Ninguém faz sonho. Ninguém lança alguém em algum lugar, sem a certeza de que dará certo. Padre Júlio era considerado um “homem além de seu tempo”. Dentro do seu modelo de trabalho, sempre pautou que a comunicação falada e escrita, eram sinônimos de crescimento da cultura do povo.

Mais um ano sem Padre Júlio Pessoa Franco. Mais um tempo carregado de saudade, daquele que idealizou, que fez do sonho a realidade e, a certeza de que vale a pena sonhar. São cinco anos sem o Sacerdote de Fé.

Eduardo Satil