Plano de Cargos e Salários entregue na Câmara contraria a vontade dos servidores

Servidores municipais participaram na tarde de ontem (20) da reunião da Comissão de Constituição e Justiça, da Câmara de Vereadores, para acompanharem a sessão e, se o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) seria levado ao conhecimento dos vereadores. As dependências e galeria da Casa Legislativa foram tomadas por servidores.

O PCCV está sendo elaborado há mais de um ano e, somente em novembro foi entregue ao sindicato, que teve de realizar várias reuniões, com a participação de comissões de todas as secretarias, para refazer todo o conteúdo do que foi encaminhado ao município pela Fundação João Pinheiro. Após a paralisação dos servidores do Serviço Autônomo Municipal de Limpeza Urbana (SAMAL), reivindicando melhor condição para as atividades, vale refeição, EPIs, progressão de letras, vencimento básico de R$ 1,425,00, mais a compensação anual de 8% somando total de R$ 1.539,00, o Poder Executivo sentiu –se incomodado.

A reunião estava acontecendo, quando o presidente da Câmara Municipal, Gilson da Costa anunciou que o Executivo havia protocolizado o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos da Educação, SAMAL e Geral. Logo após, anunciou também a entrega do projeto da Reforma Administrativa. O Plano da Saúde não foi entregue, e causou estranheza a todos. De acordo com as informações, a prefeita disse que o plano será discutido com os servidores da saúde e, não quer a participação do sindicato na mesa de discussão.

 Plano encaminhado diverge com a categoria reivindica

Por mais de dois meses, a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Sintram), comissões de várias secretarias debruçaram para um estudo minucioso do que foi enviado pelo município. Todas as categorias opinaram, para a elaboração de um plano que pudesse atender a todos. Foi surpreendente ao acessar o plano encaminhado pela Prefeitura à Câmara, pois, todas as reivindicações dos servidores não estão contidas no projeto. Foi percebido também que, o plano encaminhado não se assemelha ao que foi produzido com a participação dos servidores. Valores, funções, enquadramento estão parecidos com o que foi elaborado pela Fundação João Pinheiro, sem conhecer locais de trabalho e pessoas que exercem atividades nas repartições. A notícia trouxe indignação aos servidores, que estavam na Câmara.

Durante a fala na Tribuna, o presidente do Sintram, Márcio Silva Correa disse que os servidores estão esperançosos nos vereadores, para que tenham a sensibilidade e analisarem minuciosamente o projeto. Enfatizou a necessidade de todos os servidores, que lutam por valorização. “Aqui, nós não estamos fazendo política e, sim justiça. A força vem do servidor. Vamos começar uma batalha, para irmos à defesa dos direitos dos servidores”, conclui Márcio Silva Correa.

Para Vanessa de Freitas, que trabalha no SAMAL, os servidores querem apenas um salário digno.  Ela destaca que, a paralisação ocorrida na última semana serviu para as pessoas compreenderem como estão trabalhando. Pediu aos vereadores, que possam olhar para os servidores, que atualmente não estão sendo valorizados.

Ass. Imprensa/Sintram