Presa quadrilha que aplicava o golpe do investimento de valores em Abre Campo

Quatro estelionatários foram presos na manhã de hoje

A Polícia Civil de Minas Gerais, através dos Policiais da 31ª DPC/Abre Campo, em investigação relativa aos crimes de estelionato qualificado, formação de quadrilha e ameaça, realizou na manhã desta sexta-feira, 17, o cumprimento de Mandados de Prisão Preventiva, Busca e Apreensão e bloqueio de contas bancárias e prisão de quatro pessoas. Os investigados presos hoje se tratam de uma mulher, de 21 anos, que seria a mentora intelectual dos crimes, com ajuda de sua irmã de 30 anos e participação de dois homens, de 21 anos de 25 anos.

A mulher de 21 anos, que seria mentora intelectual do crime estaria se apresentando como investidora em mercado de valores, onde estaria passando a imagem através de redes sociais, que estava obtendo grandes lucros e ganhos com seus investimentos. Assim, gostaria de ajudar outras pessoas a conseguirem lucros iguais a ela, bastando entregar a quantia que conseguissem para ela investir.

A mulher investigada chegou a usar um aplicativo, conhecido como “iq option”, para impressionar as vítimas como dominava e entendia de mercados de valores, apresentando gráficos às vítimas, para convencê-las que lucrariam ao investir o dinheiro “deles nela”. As vítimas foram iludidas, de que ganhariam entre R$500.000,00(quinhentos mil reais) a R$2.500,000,00(dois milhões, quinhentos mil reais) no prazo de até 06(seis) meses, com o dinheiro investido por ela no mercado de valores. Para dar credibilidade ao golpe, houve cheques emitidos em quantias de oito dígitos, da conta da investigada de 30 anos de idade em favor das vítimas, para as vítimas acreditarem, que estando de posse destes cheques ficariam em situação econômica favorável, quando os depositassem e fossem compensados como resultado do investimento. Mas, a conta não tinha saldo disponível para compensação.

As vítimas, ao descobrirem que foram enganadas e caíram num golpe, ficaram revoltadas, visto que, algumas fizeram empréstimos bancários para conseguirem o dinheiro para o tal investimento. Outras pediram demissão em serviço, para usarem o acerto trabalhista no investimento. Outras juntavam dinheiro mês a mês, provindos de seus trabalhos mensais, os quais tinha como finalidade para reforma de casa, compra de carro, tratamento médico e outras  demandas pessoais. Ao final das contas ficaram sem nenhum lucro e, ainda perderam o dinheiro que entregaram para a mulher de 21 anos.

Os dois homens que andavam com a mulher de 21 anos, usufruíam dos benefícios que o dinheiro arrecadado no golpe trazia que eram viagens, festas e presentes. Para as vítimas, eles estão envolvidos e pareciam seguranças da mentora do golpe. Que, as vítimas estavam até sendo intimidas pela mulher de 21 anos, que chegou a postar em rede social advertência usando o nome fantasia de uma empresa JM Marketing, empresa esta que não tem registro no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica, ou licença para funcionamento do escritório no centro da cidade de Abre Campo.

Prejuízo e muitas pessoas enganadas pela quadrilha

Até o momento, a Polícia Civil de Abre Campo, já identificou cerca de 12 (doze) vítimas, entre elas, uma idosa de 64 anos, que depositou o dinheiro e confiança no  investimento, para conseguir com o lucro pagar um tratamento de saúde melhor para o sobrinho que necessita. No momento, o prejuízo das vítimas gira em torno de aproximadante R$70.000,00 (setenta mil reais). Mas, esse valor pode aumentar com identificação de novas vítimas.

A Polícia Civil solicita que, as pessoas que foram vítimas do golpe praticado pelos investigados e, ainda não registraram ocorrência ou se manifestaram que procurem a Delegacia de Polícia em Abre Campo, para formalização da denúncia e que não tenha vergonha do ocorrido, porque se tratam de vítimas e merecem respeito.

Os trabalhos investigativos foram realizados com supervisão e coordenação do delegado regional de Manhuaçu, Dr. Felipe de Ornelas Caldas, Dr. Guilherme Mariano Caldeira Coelho (Delegado da Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio da 6ª DRPC/Manhuaçu), Hernesto Francisco da Silva (Inspetor de Investigadores da 6ª DRPC/Manhuaçu), além dos investigadores da 31ª  DPC/Abre Campo, João Victor Teixeira Camargo Diniz e Ronaldo de Assis Mamedio, Escrivã de Polícia Jordana Patrícia Pereira Silva de Paiva, Auxiliar de serviço, Miliany Tolentino  Coelho e João Luiz de Souza Santana. Os policiais também contaram com o apoio da equipe do Laboratório de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro-SIIP/PCMG, policiais da 6ª DPRC/Manhuaçu, Matipó e Santa Margarida.

Informações: 6ª DRSP