Sintram realiza assembleia geral e dá ultimato à prefeita
Carta de Repúdio vai mostrar o que os servidores estão passando
Durante a assembleia geral extraordinária, realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Sintram), na noite desta terça-feira,6, os servidores municipais, lotados nas mais diversas repartições decidiram conversar com a prefeita, Maria Imaculada Dutra, juntamente com o sindicato e representantes da categoria.
No decorrer da assembleia, o presidente do sindicato dos servidores, Márcio Silva Correa, diretores e assessoria jurídica, falaram das propostas já apresentadas através de oficio pelo sindicato à Fundação João Pinheiro, que está trabalhando na elaboração da Reforma Administrativa e, o Plano de Cargos e Salários. A direção sindical também deliberou sobre as reivindicações de urgência das categorias e, sobre manifestações, possibilidade de paralisação ou deflagração de greve geral.
Também foi lido para os participantes da assembleia, a resposta do Executivo, diante da solicitação de uma live para conversar com os servidores. No documento, a prefeita disse que está à disposição para receber e deliberar, junto com o sindicato, sobre as soluções e reivindicações que fossem decididas na Assembleia Geral dos servidores.
Situação está ficando insustentável
A representante dos monitores, Aline Gomes, foi a primeira a falar sobre a situação vivida pela categoria, com sobrecarga de tarefas e sem valorização. A servidora chamou a atenção, para a importância da participação de todos, para fortalecer o movimento e, enquanto uma classe atenta à realidade escolar.
Para a diretora sindical e servente escolar, Maria da Conceição Lopes, há a necessidade de a administração enxergar que todos têm valor. “Para isso, precisamos unir força, mostrar nossa importância dentro do educandário e exigir nossos direitos”, destacou.
Durante o encontro, outros servidores tiveram o direito de defender pontos de vista, falar da sobrecarga para serventes lotados nas escolas e creches, situação no transporte escolar, secretarias de escolas, creches, além da área da saúde. Ao falar do quadro atual, a diretora de saúde do Sintram, que trabalha como técnica de enfermagem, Eva Vilma chamou a atenção de cada profissional de saúde, que deve estar atento ao propósito da luta, pois o piso salarial conquistado, depois de tantos anos e suspenso o pagamento pelo STF, insalubridade não reconhecida e outras injustiças ao servidor, que exige a valorização.
Servidores decidem ir à luta
Depois de discutir questões relacionadas à demora da Prefeitura em atender ao que foi reivindicado, a categoria chegou a um consenso e definiu que deve ser dado o ultimato, diante da falta de respeito que vem acontecendo com a categoria.
Ficou definida que, cada categoria deve escolher dez representantes, para estarem sexta-feira,9, juntamente com a diretoria do sindicato, em reunião com a prefeita, Maria Imaculada, para tratar dos assuntos levantados durante a assembleia. Além dos assuntos já propostos em ofício pelo sindicato, os servidores também reivindicam a nomeação de monitores, serventes, ajustamento do pedagogo, Plano de Cargos e Salários, pagamento de horas extras para o Agente de Saúde. Dependendo da resposta do Executivo, uma paralisação acontecerá na próxima segunda-feira,12. De acordo com o assessor jurídico do Sintram, Dr. Glauber Vidal, essa é uma medida necessária votada e aprovada pela assembleia. “Uma carta de repúdio será elaborada pela diretoria do sindicato e representantes da categoria, para que toda a população tome conhecimento do que vem acontecendo com os servidores”, explica Glauber Vidal. “
Segundo Márcio Silva Correa, o sindicato vai lutar para que os direitos dos servidores sejam respeitados. “Não vamos baixar guarda enquanto o Executivo não ouvir nossas reivindicações e, assim dar condições dignas aos servidores, através de um salário descente. A assembleia serviu para avançarmos nesse processo de luta”, ressalta o presidente do Sintram, Márcio Silva Correa.
Ass.Imprensa/Sintram