Cineasta paulista Yarã Katagiri questiona metodologia da ANCINE

A conceituada cineasta do Estado de São Paulo, Yarã M. Katagiri, que milita a oito anos na área de audiovisual, está questionando a forma de atuação da ANCINE, órgão que deveria apoiar os produtores de áudio visuais e de cinema no Brasil.

Em entrevista ao repórter e também Cineasta Teógenes Nazaré, com quem compartilha troca de ideias sobre filmagens e cinema, Yarã começou atuando como produtora de Casting, onde se apaixonou por cinema fazendo produções independentes, já tendo produzido três longas metragens e seis curtas, além de participação em workshop de teatro musical.

Apesar das produções já realizadas, Yarã sempre teve o sonho de desenvolver um projeto próprio. “Nenhum dos filmes produzidos foram meus, o trabalho foi realizado pela produtora na qual eu trabalhava a Canan, de Claudio de Andrade. Por ser cinema independente buscávamos sempre uma forma de colocá-los na lei, mas era uma enorme burocracia, com a produtora tendo que ter pontuação na Ancine”, disse.

Quando surgiu a possibilidade de desenvolver um projeto próprio, com o filme conscientizador “Crack, entre o céu e o inferno”, pensou que por ser uma história atual, conseguiria fazer o cadastro da Ancine, para desenvolver o filme com mais tranquilidade. Se aprofundou no estudo das Leis de Incentivo à Cultura, uma delas foi o Salic, pois precisava do cadastro, para ter acesso ao Ministério da Cultura – Minc, para aprovação da Ancine.

Quando saiu o edital da Ancine, descobriu que o Salic não possibilita o cadastro de longa-metragem, o que jogou seu sonho na lata do lixo, como de muitos outros produtores independentes. Diante da situação, Yarâ M. Katagiri, disse que “resolveu mostrar para os produtores independentes como o amigo, Téo Nazaré, a verdade da situação, do cinema, com o termo “Vamos a famosa guerrilha”.

Para quem não sabe o nome Guerrilha no cinema, é produzir sem recurso algum, com a união de pessoas para a realização de um sonho de ver o seu filme, a sua produção, sendo exibida em um cinema, como aconteceu com Téo Nazaré e o filme “Sonhos Reais”, em Manhuaçu.

O problema enfrentado junto a Ancine ocorreu há dois anos. “Tenho grande esperança na mudança, eu acredito no cinema Brasileiro, e jamais pensei em desistir, tenho fé que isso terá conserto se pessoas certas estiverem na Direção da Ancine, abrindo espaço realmente para os produtores Independentes, para que levem suas obras para as salas de cinema”, diz esperançosa.

A cineasta Yarâ M. Katagiri lembra que os brasileiros tem grande capacidade na produção de filmes, como os EUA. “Nossa riqueza é muito maior e foi por este e muitos outros motivos, que resolvi montar o Canal Papo Reto, no youtube, para falar sobre a experiência com o estudo e a tentativa de inscrição na Ancine, na Lei de Incentivo à Cultura. Assista ao vídeo com mais explicações interessantes sobre o caso Salic da Ancine.

 

Texto: Téo Nazaré / Portal Cidade Total

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