Tribunal do Júri condena a 78 anos prisão acusados de homicídio

Manhuaçu-Durou horas, o julgamento dos dois acusados de terem assassinado um jovem no Bairro Santa Terezinha e baleado duas amigas, que estavam no veículo junto com a vítima. O crime aconteceu no dia 17 de agosto do ano passado, na Rua São Mateus, no Bairro Santa Terezinha.

O jovem identificado como Abraão Júnior Tavares, 24 anos, estava em um veículo Gol, placa GTF 3631, juntamente com duas adolescentes de 15 anos, quando foram surpreendidos pelos suspeitos, que fizeram a abordagem atirando. O jovem foi atingido por 4 tiros e faleceu no local. Amanda de Oliveira, 15 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu horas depois no hospital. A amiga foi atingida de raspão.

Narra a denúncia feita pelo Ministério Público, que a investigação realizada pela equipe da Delegacia de Homicídios apurou que o crime aconteceu por motivo fútil (vingança por discussões anteriores envolvendo a vítima e os acusados). As outras vítimas, Amanda e E. V. foram atingidas pelo simples fato de estarem na companhia de Abraão Júnior naquele momento e, eventualmente poderiam figurar como testemunhas do crime, visando assim, ocultar a autoria do crime contra a vítima.

Acusados são levados ao Tribunal

Os acusados pelos crimes, Luan Moreira de Aguiar, 33 anos e Marcos Balmant dos Reis, 22 anos foram submetidos a julgamento nesta quinta-feira, 7.  No banco dos réus, os acusados permaneceram em silêncio.

Foram horas de debate entre o Ministério Público, representado pelo Promotor de Justiça, Renan Cotta Coelho e, a defesa pelos advogados, Alessandro Cesar Roberto e Maurício de Oliveira Júnior. O Promotor sustentou a tese apresentada na denúncia de que, o crime foi cometido por motivo fútil, recurso que gerou perigo comum e que dificultou a defesa da vítima. Ainda tentaram matar as duas jovens, com a finalidade de ocultar o homicídio do primeiro.

Ao final dos debates, o Corpo de Jurados da Comarca reconheceu a culpabilidade dos acusados, não reconheceu nenhum atenuante e acataram a tese defendida pelo Ministério Público. O acusado Luan Moreira de Aguiar foi condenado a 78 anos de prisão pelos crimes e, Marcos Balmant dos Reis condenado a 80 anos de prisão. Ambos por homicídio triplamente qualificado. Após a leitura da sentença feita pelo juiz, que presidiu a sessão de julgamento, Dr. Marco Antônio Silva, os dois foram encaminhados ao presídio de Manhuaçu.

Eduardo Satil

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